quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Através da sacada do meu estúdio de trabalho, todas estas cores me encantam e inspiram, a natureza é um alimento para a minha alma de poeta, que nesses momentos introspectivos de criação, quando converso comigo mesma, entro no lado esquerdo do meu peito e percorro meus corredores de segredos inquietantes, de sabedorias que vieram impregnadas de outros tempos de mim mesma. Existe duas formas de produção da minha criação literária, uma toma conta de mim como se eu não fosse mais dona da minha vontade, então ela nasce inteira, como se eu fosse apenas um instrumento de uma vontade desconhecida que habita em algum lugar de mim mesma. A outra forma é subjetiva e contemplativa. Eu saio pela rua observando em redor, ouço pedaços de conversas, vejo formas e construo histórias a respeito das pessoas que passam, que falam comigo, construo histórias com meias verdades, outras com meias mentiras. Sou uma contadora de histórias, seja em verso ou prosa, mas esta é a minha missão na terra, esta é a minha forma de ver através das máscaras, sejam a proteção de belas ou de feras, mas sempre estão lá, de uma forma ou de outra eu sempre consigo ver por trás delas, às vezes leva um tempo maior, porque o que tem por trás é tão terrível que a proteção é feroz.
Mas eu continuo a minha caminhada, dias inspirada, longos períodos com os meus pés no chão, porque todos que me conhecem sabem, eu sempre tive asas e como voei, voei muito por amores, por caminhos, por vezes com as asas feridas andei lentamente em meio a espinhos, sangrando, mas jamais deixei de olhar em frente e ver aquela linda luz que aguarda as almas abençoadas.
Esta é uma breve pincelada sobre mim, para todos aqueles que tem mandado e-mails e pedido por meus livros. Eles virão em breve.

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