domingo, 1 de maio de 2011

E esse tempo todo?

E todo esse amor?

E esses seguidos recomeços

daquilo que nem começou?

E esses alimentos,

esses pressentimentos torturados,

nunca confirmados?

E a sensibilidade e o delírio

dessa evasão do sol em mim?

E essa tempestade nos teus olhos negros

aonde me levará?

Como preservar sem medo esta vontade de te amar

como se isso fosse meramente

um ato de decifrar quebra-cabeças,

brinquedos programados,

charadas inconsistentes,

que me conduzem invariavelmente

ao próximo passo por caminhar,

à próxima porta por abrir,

o próximo degrau a subir,

a próxima barreira a transpor.



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