Livre, para viver e para voar,
eu te dou asas leves.
Que elas te libertem desta paixão
e das correntes que impôs a ti,
a minha sedução.
Forjei em tua mente,
a ferro e fogo uma semente,
que germinou e se fez luz,
serpente mortal, cujo veneno
cruzou de norte a sul
as tuas veias
e fez de ti um sonhador.
Ah! meu amor!
Supus poder
e poder, não tenho por inteiro,
pois sou covarde,
pronta para a mesa do abate.
Eu te dou asas sim,
para que possas ter estrelas,
as mais distantes,
as mais brilhantes,
aquelas radiantes, cobiçadas,
sonhadas, desejadas,
as azuis enfeitiçadas.
De longe, inatingíveis
penduradas em um manto de veludo
e sobretudo belas,
também as amarelas,
ouro do sol,
mas se puderes realmente vê-las,
ao tocá-las, por milhares,
saberás que são comuns
e qualquer uma delas
(basta colhê-la)
será especial pra ti,
vital, fundamental,
única, última, primeira,
e ao navegar com ela
pelo espaço sideral,
a amarás.
Livre, meu amor,
voando pelo espaço,
universo vivo a explorar,
novas estrelas a colher,
novas viagens a fazer,
um astronauta navegador serás!
Lendas infinitas a escrever,
reinventar o amor,
poeta espacial,
poeta estelar,
poeta voador.
Voa,
voa rumo às estrelas, meu amor.
Livre, meu guerreiro milenar,
nada a temer,
sequer a morte do coração,
que mesmo ferido mortalmente,
o tempo trará de volta são.
Fênix, das cinzas renascido,
ungido pela lua dourada,
irmã do sol.
Cala o teu gemido agora,
esta é a hora,
coração de astronauta é imortal!
Coração de poeta é imortal!
Revive em cada verso, cada canção,
meu toque dentro do teu coração.
Voa ave ressurgida!
Olha em redor e vê a vida,
sente que há vida fora de mim,
salvo do feitiço que eu fui,
limpo do veneno que rolou por tuas veias,
estradas que percorri,
por onde teci as minhas teias.
Voa, meu amor,
aprende que tudo se dilui,
até a dor, até o amor,
que tudo é passageiro nesta viagem,
que é preciso ter coragem,
é preciso navegar,
continuar, continuar, continuar,
sob o luar de um outro tempo que virá.
Com certeza ele virá!
POETA ASTRONAUTA - DO LIVRO NA TEIA DA ARANHA
dir.res. Liane Flores
eu te dou asas leves.
Que elas te libertem desta paixão
e das correntes que impôs a ti,
a minha sedução.
Forjei em tua mente,
a ferro e fogo uma semente,
que germinou e se fez luz,
serpente mortal, cujo veneno
cruzou de norte a sul
as tuas veias
e fez de ti um sonhador.
Ah! meu amor!
Supus poder
e poder, não tenho por inteiro,
pois sou covarde,
pronta para a mesa do abate.
Eu te dou asas sim,
para que possas ter estrelas,
as mais distantes,
as mais brilhantes,
aquelas radiantes, cobiçadas,
sonhadas, desejadas,
as azuis enfeitiçadas.
De longe, inatingíveis
penduradas em um manto de veludo
e sobretudo belas,
também as amarelas,
ouro do sol,
mas se puderes realmente vê-las,
ao tocá-las, por milhares,
saberás que são comuns
e qualquer uma delas
(basta colhê-la)
será especial pra ti,
vital, fundamental,
única, última, primeira,
e ao navegar com ela
pelo espaço sideral,
a amarás.
Livre, meu amor,
voando pelo espaço,
universo vivo a explorar,
novas estrelas a colher,
novas viagens a fazer,
um astronauta navegador serás!
Lendas infinitas a escrever,
reinventar o amor,
poeta espacial,
poeta estelar,
poeta voador.
Voa,
voa rumo às estrelas, meu amor.
Livre, meu guerreiro milenar,
nada a temer,
sequer a morte do coração,
que mesmo ferido mortalmente,
o tempo trará de volta são.
Fênix, das cinzas renascido,
ungido pela lua dourada,
irmã do sol.
Cala o teu gemido agora,
esta é a hora,
coração de astronauta é imortal!
Coração de poeta é imortal!
Revive em cada verso, cada canção,
meu toque dentro do teu coração.
Voa ave ressurgida!
Olha em redor e vê a vida,
sente que há vida fora de mim,
salvo do feitiço que eu fui,
limpo do veneno que rolou por tuas veias,
estradas que percorri,
por onde teci as minhas teias.
Voa, meu amor,
aprende que tudo se dilui,
até a dor, até o amor,
que tudo é passageiro nesta viagem,
que é preciso ter coragem,
é preciso navegar,
continuar, continuar, continuar,
sob o luar de um outro tempo que virá.
Com certeza ele virá!
POETA ASTRONAUTA - DO LIVRO NA TEIA DA ARANHA
dir.res. Liane Flores
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