Nossos gemidos calaram
no silêncio daquela madrugada
e ficamos nos vigiando pelos cantos dos olhos,
ouvindo apenas o amansar da nossa respiração.
Nossas mãos entrelaçadas,
suadas,
que haviam compartilhado do mesmo desejo,
assim permaneceram.
Por momentos quase infinitos,
para nós,
fomos a mesma carne,
irrigada pelo mesmo sangue,
respiramos o mesmo ar.
Mergulhamos juntos
no poço sagrado da consciência
onde moram as partículas benditas
da metamorfose compassada
do nós,
para um ser divino e único,
que logo adormeceu.
SER DIVINO - DO LIVRO NA TEIA DA ARANHA
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