Como salvar a alma impotente e vazia, cativa do amor ao qual renunciou um dia?
Como libertar o que a razão esconde,o que a mão não transcreve?
Desvalida em uma cruz pressente que em breve as palavras não satisfarão o que a razão lhe pede.
Existirão palavras que possam traduzir tal sofrimento?
E a grande aflição a qual mascara em risos?
E as confissões de amor que nega aos seus ouvidos
e o grito de revolta que abranda em gemidos?
Sob os seus pés falta o solo firme. Procuara recuar tentando a sua sorte
e busca acreditar que é muito mais sublime, ter condenado seu coração à morte.
do livro A Outra Face - 1983 - Ed. Movimento
sexta-feira, 4 de junho de 2010
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