Eu sempre te buscava
em cada movimento pela rua,
te queria todo meu,
me queria ilegalmente tua,
sem contrato de reserva,
sem escritura, sem ressalva,
incondicionalmente predestinados
e condenados até a morte,
cumprindo a mesma pena
de paixão perpétua,
num sentimento de segurança máxima.
Valeu!
Depois de ti,
mais nada aconteceu.
Se fico no silêncio
mesmo longe eu te escuto.
Hoje estou de luto,
vivo soterrada pela rotina
e cada segundo após o outro
vai me dizendo,
que tudo o que vivemos está morto.
Ah! Meu amor,
se eu pudesse
dobrar o tempo em dois
entre as duas metades
( o antes e o depois)
construíria um muro alto
e viveria outra vez
o que aconteceu no meio.
Mesmo no sobressalto
e no receio,
mesmo nos dissabores
vivi intensamente por mil anos
por mil vidas,
por mais de mil amores
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