CARTA A JOÃO GALEGO
João,
hoje vou vestir-me com meus fantasmas
para te rever
e com a tua ajuda, meu amigo,
despojar-me destas vestes assombradas,
algumas mal costuradas
à flor da pele,
como se meros adereços fossem
Outras porém,
simbióticas, malditas, tatuadas estão
impressas pelo tempo
de um tempo quase que atemporal,
perdidas num labirinto de fumaça,
imprecisas,
vou arrancar de mim
a ferro e fogo, em sangue e dor.
João,
quero reler-me, reescrever-me,
pintar-me de novas cores,
sonhar novos amores,
quero recompor-me sim,
preciso!
Entre o limitado que me corrói o espirito
e o ilimitado que habita o meu imaginário
eu quero o meio,
como libertação absoluta anseio
encontrar minha unidade essencial,
aí é que ela habita eu creio.
sábado, 8 de maio de 2010
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O ritual da fiadeira a forjar contato de ouros intensos do coração com a poeira do mundo. Muito encantador o que se vê por aqui. Parabéns. Abraço a todos. Marcus e Sílvia
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