segunda-feira, 24 de maio de 2010

Orelha da contracapa do livro O Grande Ausente

Nasci em pleno carnaval de 1949. Era fevereiro, 22, naquela casa amarela da Rua José de Alencar.
Meus pais meninos, ele com 19 e ela com 17 anos acolheram-me primogênita, entre o clã dos Azevedo e dos Flores.
Flores recebi eternas do meu pai através do seu sobrenome.
Fui um bebê travesso, uma menina e adolescente travessa. Hoje há quem diga que sou uma adulta ainda travessa. Meus sonhos que perduraram através das travessuras e do tempo, agora convertidos em poema me sobreviverão.
Considero-me acima de tudo uma guerreira. Ninguém lutou mais e tanto em busca da felicidade. Sou feliz e se tivesse que, nesse momento prestar contas a Deus da vida que Dele recebi, estaríamos ajustados
Da vida levo duas vitórias: um grande amor que pretendo viver com toda a intensidade e o produto dele, um filho que é uma semente minha lançada ao vento para continuar-me.
Sobre a morte, apenas temo como ela vai se apresentar a mim, pois creio que o outro lado da vida é doce qual o mel.
Deixo minhas alegrias, tristezas, sonhos, esperanças, desejos, revoltas, mágoas, derrotas, vitórias, enfim, todas as experiências vividas gravadas em preto e branco no papel, só assim não morrerei totalmente. Meus livros me eternizarão.

orelha da contracapa do livro A Outra Face - Editora Movimento - 2003

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